Estudantes da rede pública ganham medalhas na Olimpíada Brasileira de Matemática

Estudantes da rede pública ganham medalhas na Olimpíada Brasileira de Matemática

É a segunda vez que Mateus Regasi Gomes, de 13 anos, morador do Retiro, participa da competição. Em dois anos, menino acumula um ouro e uma prata

  

A rede municipal de ensino de Volta Redonda registrou um ouro, três pratas e três bronzes na 13ª Edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas e Privadas, com provas realizadas em junho e setembro, respectivamente. O aluno do Colégio João XXIII, Mateus Regasi Gomes, de 13 anos, conquistou medalha de ouro em sua segunda participação na competição, destinada a estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio, concorrendo com mais de 18 milhões de estudantes. Na primeira, ele levou a medalha de prata.

 

Mateus, morador no bairro Retiro, está no 7º ano e deixou a mãe surpresa com sua reação após as avaliações. “Ele chegou em casa bem tranquilo, dizendo que as questões estavam super fáceis de se resolver”, contou Roberta Regasi Gomes, mãe de Mateus, destacando que ficaria orgulhosa independente do resultado que ele tivesse. “Em momento algum coloquei pressão. O Mateus é um menino tranquilo, que nasceu com sede para os estudos. Repito o que disse anteriormente: a determinação fez com que ele se dedicasse aos estudos e o mérito é todo dele”, disse.

 

Ele explicou que na primeira fase estudou somente através das matérias anotadas em seu caderno e, na segunda, pegou as provas anteriores e fez correção das questões. “Também estudei alguns conteúdos na internet, mas acredito que o diferencial para eu ter conquistado a medalha de ouro foi o Programa de Iniciação Científica (PIC) que ganhei da OBMEP após a conquista da prata no ano passado”, explicou o menino, que foi ao Rio, em julho deste ano, durante cerimônia de premiação no Teatro João Caetano, no Centro, receber a medalha da 12ª edição.

 

As aulas do programa duraram até o fim da segunda fase e aconteciam por meio de vídeo-aulas, no site da obmep.org.br, às terças-feiras e sábados. Além disso, segundo Mateus, os beneficiados com o curso montavam grupos em redes sociais para estudar ainda mais. O estudante contou ainda como reagiu ao saber do resultado do ouro. “Liguei para minha mãe e minha avó, que estavam dentro da loja em que elas trabalham. Elas choraram de alegria. A dica que dou aos demais estudantes para se destacarem é se interessar mais, pesquisar e correr atrás. No próprio site da OBMEP tem o gabarito com as provas antigas. Devemos ir à escola para aprender e não estudar somente visando passar de ano. Os professores orientam, mas somos nós quem devemos ir atrás”, aconselhou Mateus.

 

Medalhistas de prata

 

A aluna Verônica Aredes, da Escola Municipal Walmir de Freitas Monteiro, e os estudantes Roger Teixeira Meneguchi de Almeida e José William Costa Paula, ambos do Colégio Getúlio Vargas, conquistaram a prata. Verônica, de 15 anos, do 9° ano, aproveitou para agradecer a família e a equipe da sua escola. “Essa medalha mostra que eu posso continuar sempre acreditando nos meus sonhos. Gostaria de agradecer à minha mãe, minha maior incentivadora, e a equipe pedagógica do Walmir de Freitas. Estou muito emocionada”, contou.

 

 

Para Roger, de 15 anos, do 9º ano, o grande diferencial foram as aulas disponibilizadas pelo professor da matemática. “Às quartas-feiras, participava de aulas dentro do colégio sobre a OBMEP disponibilizada por um professor de matemática. Quando descobri o resultado, fui correndo contar para a minha família e amigos. Todos ficaram bem contentes com a conquista”, relatou.

 

José William, de 14 anos, do 8° ano, também comemorou o resultado: “Assim como o Roger, tive aulas às quartas com um professor. Não consegui nem dormir direito quando saiu o resultado. Fiquei muito emocionado e todos me parabenizaram”, disse.

 

Medalhistas de bronze

 

Já os alunos Yuri Makis de Souza Reis, da Escola Municipal Professora Maria Rosa Rodrigues, Luiz Felipe da Silva de Matos, do Colégio Professora Themis de Almeida Vieira, Victor Gabriel Ramos, da Escola Municipal Mato Grosso do Sul, ficaram com o bronze.

Yuri, de 13 anos, do 7º ano estava desacreditado. “Achei as provas bem difíceis. Estava na escola e um amigo me falou que havia saído o resultado da olimpíada. Fui correndo para casa, entrei no site e fiquei muito feliz”, disse.

 

Luiz Felipe, de 13 anos, do 8° ano, contou que os professores também foram muito importantes para o seu resultado. “Estudei através das matérias que anotei em meu caderno, passadas pelos professores, o que me ajudou bastante. Lembro que estava com os meus pais quando peguei o resultado. Foi uma alegria geral”, explicou.

 

Victor, de 14 anos, do 9º ano não esperava o seu resultado. “Fiquei surpreso com a conquista, porque eu sempre estudava com base nas provas anteriores e sempre passava para a segunda fase, mas nunca conquistava nenhuma medalha. Não tenho palavras para expressar a emoção que estou sentindo por isso. Simplesmente inacreditável”, relatou.

 

O prefeito Samuca Silva prometeu aos vencedores da OBMEP em ir até o local de premiação, em caso de medalhas para a cidade. “Promessa é dívida. A sociedade precisa mudar um paradigma sobre a educação pública, pois existem muitos talentos dentro da nossa rede de ensino. Estamos acompanhando e iremos destacar aqueles que se esforçarem”, concluiu o prefeito.

 

O presidente da Fevre, Eduardo Dessupoio, lembrou que as portas dos colégios públicos sempre estarão abertas. “Esperamos que a premiação sirva de incentivo aos nossos estudantes e que outros invistam na Olimpíada de Brasileira de Matemática. Todos possuem capacidade”, disse.

 

A secretária de Educação de Volta Redonda, Rita Andrade, também não mediu elogios. “Ficamos orgulhosos em ver estudantes esbanjando talento e dedicação nas competições. Isso mostra a qualidade e eficiência das unidades escolares da rede municipal de ensino de Volta Redonda”, disse.

 

A cerimônia de premiação dos medalhistas da OBMEP será em 2018, com data a ser divulgada.

 

Por Filipe Cury, com fotos de divulgação Secom/VR

Vila Santa Cecília: Bairro operário se transforma em um grande Centro Comercial

Vila Santa Cecília: Bairro operário se transforma em um grande

Centro Comercial

Rua de compras realizada no bairro atraiu cerca de 100 mil pessoas, mas a Vila ainda mantém a parte residencial tranquila

 

Quem passa pela Vila Santa Cecília, não imagina que antes de um grande centro comercial todo o espaço já foi uma fazenda. Adquirida pelo Governo Estadual em 1941 e doada oficialmente à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em 1943, a localidade foi fundamental para viabilizar a instalação da Usina Presidente Getúlio Vargas e colocar o Brasil entre os maiores países na produção de aço. Foi a partir da implantação da CSN, que Volta Redonda conseguiu a emancipação política e ficou conhecida como Cidade do Aço.

A partir da aquisição da fazenda foi elaborado o projeto da Vila Operária, hoje Vila Santa Cecília, para construir moradias e hotéis, atendendo os futuros funcionários da CSN, engenheiros e operários casados e solteiros. O bairro foi legalizado pelo Decreto 1088/79 e pelas Leis Municipais 4443/08 e 4579/09 com 62 ruas, uma avenida, um viaduto, 10 pontes e 03 passarelas.

Hoje, com mais de cinco mil moradores e uma área urbana de 54 km2, acolhe os principais monumentos e patrimônios históricos do município. Na Vila Santa Cecília está a Praça Brasil com as estátuas do ex-presidente Getúlio Vargas, general Edmundo Macedo Soares e Silva (construtor da CSN e de Volta Redonda), e o obelisco de pedra, que homenageia quatro setores da CSN (Coqueria, alto forno, laminação e aciaria). É também na Vila que fica o único monumento feito pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o 9 de Novembro – que faz referência aos três operários que morreram na siderúrgica, durante uma greve.

Bem no centro do bairro, fica o Colégio Estadual Manuel Marinho, um grande e importante colégio na cidade; a Universidade Federal Fluminense (UFFRJ); os teatros do Gacemss e Santa Cecília; além da Igreja Santa Cecília; Cine 9 de Abril; Memorial Zumbi do Palmares; Memorial Getúlio Vargas (exposição permanente); Biblioteca Municipal Raul de Leoni (a maior biblioteca pública da região); e escultura “o Arigó”, que fica em frente ao Escritório Central da CSN, feita com aço fabricado pela Companhia para homenagear seus operários. 

O bairro, embora o comércio tenha aumentado muito, continua com bastante moradores. Na opinião de quem está sempre pela Vila, seja a trabalho ou por moradia, o bairro atende praticamente todas as necessidades do cidadão.  

 

Há anos como funcionária de uma loja na Rua 16, Estelita Simões Santana fala dos benefícios para o comércio. Em setembro, o bairro recebeu a Rua de Compras – evento organizado pela CDL Volta Redonda (Câmara de Dirigentes Lojistas), com apoio da prefeitura – e atraiu cerca de 100 mil pessoas.

A Vila é um bairro muito bom porque é o bairro mais central de Volta Redonda. Por aqui há uma enorme facilidade em transporte público, pois há muitos pontos de ônibus. É perto da CSN, supermercados, sapatarias, lojas de alimentos, e grande variedade de comércio. Nós trabalhamos com todo o público, independente de classe social”, afirmou Estelita.

O Mercado Popular na Praça Brasil também atrai muita gente, até mesmo quem vem de cidades vizinhas. “Gosto de comprar em Volta Redonda, especialmente na Vila, porque aqui encontro tudo que quero”, afirmou a autônoma, Elaine Cristina Melo.

O aposentado Milton Lavorato, ex-metalúrgico, atualmente complementa a renda familiar vendendo artesanato embaixo da Biblioteca Raul de Leoni. Ele escolheu a Vila para trabalhar por causa do fluxo intenso de pessoas. “O bairro é o cartão de visitas da cidade, o coração de Volta Redonda. O espaço público que temos é muito bom, temos o Memorial Getúlio Vargas, Zumbi dos Palmares e o Zélia Arbex. Por isso e outras atrações, muita gente circula por aqui diariamente”, frisou Milton.    

Área Verde

E, quem disse que um bairro tão urbano, não pode conter uma área verde? Parte da Foresta da Cicuta, que ocupa área de 131 hectares dentro da Fazenda Santa Cecília (particular, da CSN) é, desde 1985, é preservada por lei federal por abrigar espécies nativas (flora e fauna) da Mata Atlântica.

O bairro, então operário, transformou-se no centro comercial mais moderno e diversificado de toda a região Sul Fluminense. Morador há 31 anos na Vila, Clodomir do Nascimento, acrescenta que mesmo com as opções de comércio, o bairro continua excelente para moradia. “Temos certa dificuldade de estacionar, por conta da quantidade de comércio existente no bairro, mas morar aqui é muito bom. É um bairro com atenção do poder público e com uma população muito tranqüila e pacífica”, afirmou.   

Mobilidade Urbana

Em relação às vagas, o empresário Roberto Vicentini, dá a dica. “Eu deixo o meu carro na garagem e venho de transporte coletivo, que me gera economia e não pago estacionamento. A locomoção é boa e tranquila porque são várias linhas que passam por aqui”, comentou Vicentini, reforçando o que o prefeito Samuca Silva vem pleiteando para a cidade, com alterações no trânsito e com o projeto Tarifa Comercial Zero, que tem um ponto exclusivo no bairro.

“A frota de veículos de Volta Redonda aumentou, entre 2001 e 2015, 136%. Enquanto a população, no mesmo período, cresceu 7,17%. Com o comércio e tantas outras atrações na Vila Santa Cecília, o bairro recebe um fluxo intenso de veículos. Por isso, estamos buscando soluções para a mobilidade urbana, como a melhoria do estacionamento rotativo e do transporte público e a implantação do projeto Tarifa Comercial Zero”, enfatizou o prefeito. 

Por José Afonso Gonçalves, com fotos de Gabriel Borges e Geraldo Gonçalves / Secom VR

CRAS Santa Cruz promove Ação Social itinerante no Santa Rita do Zarur

CRAS Santa Cruz promove Ação Social itinerante no Santa Rita do Zarur

Corte de cabelos para a comunidade e brincadeiras para as crianças fazem parte do evento

 

A Secretaria de Ação Comunitária de Volta Redonda (Smac), por meio do Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) do bairro Santa Cruz, realizou nesta terça-feira, dia 28, uma edição da Ação Social Itinerante. O projeto visa beneficiar os moradores dos bairros atendidos pelos CRAS do município. O bairro Santa Rita do Zarur também é atendido pelo CRAS Santa Cruz. Quem participou do evento, que aconteceu até as 16h, pode cortar cabelo e ter informações sobre o atendimento odontológico da UBSF do bairro. As crianças puderam brincar no Caminhão Brinquedolândia.

 

A ação social foi realizada na quadra poliesportiva do bairro. O secretário municipal de Ação Comunitária e vice-prefeito, Maycon Abrantes, afirmou que a ação itinerante é importante para chegar aos moradores que utilizam pouco os serviços e mostrar à comunidade os serviços oferecidos. “A iniciativa permite que os moradores conheçam o trabalho do CRAS. É uma rede de atendimento, na área social, com oficinas de artes para crianças e mães, grupos de convivência da terceira idade, entre outros”, explicou. O CRAS promove também oficina de violão, oficina de Informática Básica, além do cadastro dos moradores para projetos sociais do governo federal.

O Centro de Referência trabalha atualmente com cerca de 2.950 famílias. Em Volta Redonda são 35 CRAS em diversos bairros. O prefeito Samuca Silva afirmou que este é um projeto que vai continuar em 2018. “Os CRAS são muito importantes nas comunidades e fazer esse evento itinerante leva diversos serviços para a rua, ajudando a população e fazendo com que o cidadão conheça nossas atividades”, disse.

A dona de casa, Soraia Soares, levou a filha para cortar Cleo, de nove anos para cortar cabelo. “Ações como esta permitem que as crianças se divirtam e ainda temos a economia nos gastos com cortes de cabelo. Hoje eu economizei R$ 20. Um dinheiro que sempre faz falta para quem precisa dele”, contou.

Tereza Aparecida Mamede, moradora do Santa Cruz II, levou as netas Andreza e Flávia de 4 e 5 anos para participar do evento. “É um dia diferente para elas. Sempre é bom aproveitar as oportunidades que temos para diversão. A infância passa muito rápido, então elas precisam aproveitar”, comentou a aposentada.

Por José Afonso Gonçalves com fotos de Evandro Freitas / Secom VR

Volta Redonda pode receber ônibus teste da Volks para ‘Tarifa Comercial Zero’

Volta Redonda pode receber ônibus teste da Volks para ‘Tarifa Comercial Zero’

Empréstimo será através de comodato enquanto o edital de licitação da compra do veículo elétrico esteja concluído e aprovado pelo TCE-RJ

 

A MAN Latin America (Volkswagen Caminhões e Ônibus) ofereceu à prefeitura de Volta Redonda um ônibus teste para dar continuidade ao programa ‘Tarifa Comercial Zero’, enquanto o edital de licitação da compra do veículo elétrico seja concluído e aprovado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). O empréstimo será através de comodato num período de seis meses. A garantia foi dada pelo gerente comercial da montadora alemã, Paulo Kagohara, durante uma reunião na manhã desta terça-feira, dia 28, com o prefeito Samuca Silva.

 

“É possível que o comodato aconteça ainda neste ano. Colocaremos também nossa equipe de engenharia para monitorar o desempenho do veículo no trajeto de 17 quilômetros pelas ruas de Volta Redonda”, disse o executivo da MAN, que foi acompanhado por representantes da empresa Eletra, responsável pela tecnologia elétrica nos veículos da Volkswagen Caminhões e Ônibus.

 

Nesta semana, a primeira fase do programa - que oferece o transporte gratuito à população para os quatro principais pontos comerciais da cidade (Vila Santa Cecília, Retiro, Aterrado e Centro) – terminou com saldo positivo, conforme avaliou o prefeito Samuca Silva.

 

“Foram mais de oito mil pessoas que utilizaram a Tarifa Comercial Zero, número bastante expressivo. E pesquisas mostram que a maioria ficou satisfeita com a utilização do veículo. É uma promessa de campanha que está sendo cumprida pela atual gestão, enquanto outros políticos escondem o plano de governo”, frisou Samuca.

 

Incentivo fiscal

 

Samuca falou sobre a importância dos governos estadual e Federal criarem uma política de incentivos fiscais para aqueles que produzem e utilizam veículos elétricos no país. “É uma nova tecnologia e ecologicamente correta. Volta Redonda tem esse projeto inovador de, além de incentivar o veículo elétrico, movimentar a economia da cidade com a circulação dos consumidores”, comentou o prefeito.

 

Por André Aquino com foto Gabriel Borges / Secom VR

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