Semana comemorativa da Luta Antimanicomial em VR será de 13 a 17 de maio

 

 

 

 

         A Secretaria Municipal de Saúde de Volta Redonda (SMS/VR), através da sua Área Técnica de Saúde Mental, promove de 13 a 17 de maio várias atividades comemorativas à Semana da Luta Antimanicomial que, este ano, tem como tema “Qualificando o Cuidado”. O objetivo é avaliar os serviços prestados e capacitar para a prática qualificada do cuidado oferecido pela Rede de Atenção Especializada em Saúde Mental as pessoas com transtornos mentais e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas.

       A programação começa nesta segunda, 13, com a realização de Rodas de Conversa, nos Centros de Atenção Psicossociais (CAPS Vila Esperança, CAPS Sérgio Sibilio Fristsch, CAPS ad e CPASi Viva Vida), Espaço de Cuidado e Residências Terapêuticas. A atividade vai até quinta, 16, e reunirá usuários de saúde mental, familiares, trabalhadores, gestores e comunidade.

        Neste período, O CAIS Aterrado – Unidade de Emergência que conta com leitos especializados em Saúde Mental estará, também, aplicando uma pesquisa junto aos usuários e seus familiares visando avaliar os serviços prestados no decorrer das internações. Outra atividade será a capacitação das equipes da rede de saúde mental na sexta-feira, 17, que acontecerá no Hotel Bela Vista, das 8h às 17h. A capacitação abordará o tema ”Qualificando o Cuidado”, pela psicóloga Cláudia Henshel de Lima – Phd em Psicologia Social da Personalidade e professora Adjunta do Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense (UFRJ). 

        O cotidiano dos serviços de saúde mental do município integrará, ainda, a mostra de fotografias inclusivas, do I Festival de Fotografia e Arte de Volta Redonda, realizado de 14 a 16 de maio, pelo Clube Foto Filatélico Numismático. “Nesta exposição apresentaremos à comunidade o trabalho desenvolvido pela rede de saúde mental que tem como prioridade a garantia e a melhoria da qualidade de vida, da assistência humanizada e do direito de cidadania dos nossos usuários”, informa a psicóloga Lilian de Carvalho Varela, Coordenadora da Área Técnica de Saúde Mental do município.

       Ela ressalta, ainda, que as atividades promovidas pela Secretaria de Saúde priorizam a qualificação do atendimento e a continuidade da luta pelo cuidado de saúde mental em liberdade, com expansão de serviços substitutivos ao modelo de hospitalocêntrico e asilar. “Esse é o legado  da Luta Antimanicomial, comemorada no dia 18 de maio, quando se iniciou no Brasil, na década de 70, o movimento da reforma psiquiátrica. No entanto,  para os avanços necessários, precisamos fazer com que estes serviços estejam em consonância com a Reforma Sanitária e Psiquiátrica e com a construção do SUS - Sistema Único de Saúde”, avalia.

REFORMA PSIQUIÁTRICA - É uma ampla mudança do atendimento público em saúde mental, garantindo o acesso da população aos serviços e o respeito a seus direitos e liberdade. É amparada pela lei 10.216/2001. Significa a mudança do modelo de tratamento: no lugar do isolamento, o convívio familiar e na comunidade. O atendimento é feito nos CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), residência terapêutica, ambulatório, hospitais gerais ou nos CAPS/24 horas, que estão substituindo progressivamente os hospitais psiquiátricos de grande porte

REDE DE SAÚDE MENTAL -  A Área Técnica de Saúde Mental de Volta Redonda conta com uma rede constituída de três CAPS Adultos (CAPS Vila Esperança, CAPS Usina dos Sonhos e CAPS Sérgio Sibilio Fritsch), um CAPS para crianças e adolescentes (CAPSi VIVA VIDA), um CAPS para usuários com uso prejudicial de crack, álcool e outras drogas (CAPS AD) e um Espaço de Cuidado em Saúde.  “Os Centros de Atenção Psicossocial, CAPS, são dispositivos de atendimento intensivo e diário aos portadores de sofrimento psíquico grave, constituindo numa alternativa ao modelo centrado no hospital psiquiátrico, caracterizado por internações de longa permanência e regime asilar”, explica Lilian de Carvalho Varela, enfatizando que os Centros de Atenção permitem que os usuários permaneçam junto às suas famílias e a comunidade.

         Além disso, o município conta ainda com quatro residências terapêuticas em funcionamento, serviços que atuam como casas, locais de moradia, destinadas as pessoas com transtornos mentais que pelo fato de terem permanecido em longas internações psiquiátricas, estão impossibilitadas de retornarem às suas famílias de origem. As residências terapêuticas são parte integrante da Política de Saúde do Ministério da Saúde (MS), inseridas no âmbito do Sistema Único de Saúde, que atuam como centrais no processo de desinstitucionalização e reinserção social dos egressos dos hospitais psiquiátricos.

       A rede de saúde mental do município dispõe, também, de leitos de internação psiquiátrica e de desintoxicação no CAIS Aterrado para o atendimento aos pacientes em crise. “São internações de curta permanência com o objetivo de evitar a cronificação e a discriminação do portador de transtorno mental”, diz a Coordenadora da Área Técnica de Saúde Mental, destacando que as ações desenvolvidas pelos serviços de saúde mental visam à redução das internações psiquiátricas, possibilitando aos usuários em saúde mental uma maior autonomia e qualidade de vida, evitando assim a institucionalização.

 

 

 

 

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