Mais de 150 pessoas participam do encerramento das comemorações da Luta Antimanicomial em Volta Redonda

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Criado em Quinta, 12 Junho 2014 10:39

Última atualização em Sexta, 13 Junho 2014 12:44

Publicado em Quinta, 12 Junho 2014 10:39

      Mais de 150 pessoas, entre profissionais de saúde e representantes de setores da Prefeitura e da sociedade civil organizada de Volta Redonda participaram na manhã da última terça, 10, do encontro que marcou o encerramento das atividades alusivas ao Dia de Luta Antimanicomial, comemorado no dia 18 de maio, promovidas pela Secretaria Municipal de Saúde, através da sua Área Técnica de Saúde Mental.  O evento aconteceu no auditório da UGB, no Aterrado, e teve como objetivo qualificar os participantes para a oferta de um atendimento mais humanizado e acolhedor aos pacientes com transtornos mentais.

    “Um dos princípios da saúde mental é a inclusão social. A defesa por um tratamento terapêutico mais qualificado e de saberes diversificados deve ser realizado num espaço de reflexão”, disse a Secretária Municipal de Saúde, a psicóloga Marta Magalhães, na solenidade de abertura do evento, enfatizando que  a saúde mental é uma luta do SUS (Sistema Único de Saúde) que tem de ser fortalecida para garantir, cada vez mais, o direito de cidadania de seus usuários.

    Já a Coordenadora da Área Técnica de Saúde Mental de Volta Redonda, a psicóloga Lilian de Carvalho Varela, ressaltou a importância da comemoração e dos avanços da luta antimanicomial no Brasil, principalmente da mudança de pensamento da população que hoje acredita nas alternativas de cuidado, propostas pela reforma psiquiátrica, para os pacientes com doenças mentais. “É com o objetivo de melhor qualificarmos a nossa rede de saúde para esse atendimento que hoje estamos realizando esse evento”, acrescentou.

LANÇAMENTO_ “Trabalho, produção do cuidado e subjetividade em saúde”, tema do encontro, é o título do livro de Túlio Batista Franco, psicólogo e professor da Pós-Graduação em Saúde Coletiva, do Instituto de Saúde da Comunidade, da Universidade Federal Fluminense, e de Emerson Elias Merhy, médico e professor da Pós-Graduação em Clínica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que foi o palestrante do evento. A obra aborda a produção do cuidado em saúde com foco nos processos de trabalho e na subjetividade, como também adota o conceito de trabalho vivo, que utiliza do exato momento de sua execução, para analisar a relação entre os profissionais da área e destes com os usuários do sistema de saúde, as tecnologias de trabalho, o saber e o fazer em saúde.

   No decorrer do encontro, que também marcou o lançamento do livro, Merhy destacou a importância que” toda vida vale a pena “ser cuidada, reforçando a quebra do estigma das diferenças humanas, além de ressaltar o papel do trabalhador de saúde como ferramenta indispensável no cuidado dos usuários de saúde mental. Ao final do evento foi realizada uma sessão de autógrafos com a distribuição da obra para as instituições presentes ao evento. “Mais uma iniciativa que possibilitou a sensibilização e qualificação dos nossos profissionais de saúde, também da sociedade, para o repensar dos princípios da luta antimanicomial e do cuidado em liberdade”, concluiu Lilian de Carvalho Varela.