Farmácia Viva em Volta Redonda

      Usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), do município de Volta Redonda , passam a contar, em breve, com a implantação da  política municipal  para plantas medicinais e fitoterápicos no SUS  visando uma melhor qualidade de vida. Com a implantação da fitoterapia através da  inserção da Farmácia Viva  ainda em fase de projeto, usuários da rede pública terão acesso à  promoção do uso racional das plantas medicinais e fitoterápicos,  resgatando o conhecimento popular embasado nos conhecimentos  científicos. Inicialmente dez UBSF (Unidades Básicas de Saúde da Família) participarão do projeto piloto e  vão ofertar esse serviço. 


       O investimento, estimado em R$ 490 mil, será destinado ao desenvolvimento de toda  cadeia produtiva plantas medicinais e fitoterápicos, que abrange  desde plantio,colheita, beneficiamento das plantas até a dispensação na farmácia de manipulação. O projeto está sendo elaborado em parceria com várias instituições: Cooperativa de  Produção e Trabalho Alternativo dos produtores e trabalhadores  ligados a pastoral dos municípios do Médio  Paraíba, EMATER/RJ; Ministério da Agricultura Pesca e  Abastecimento; Instituto Federal do Rio de Janeiro; Universidade Federal Fluminense; Hidrelétrica de  Itaipu (Projeto Água Boa) e Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 

      Pelo menos 60 espécies de plantas medicinais, já foram doadas para a implantação desse projeto sendo 20  pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro e  40 de Itaipu/Projeto Água Boa. Que estão localizadas no Viveiro de  Mudas do IFRJ/Pinheiral e na área de plantio da Coop-Proalt, que funciona na Fundação Beatriz Gama, estas mudas passarão por um  rigoroso controle de qualidade e beneficiamento. Somente depois  desses processos  estes medicamentos serão disponibilizadas nas Unidades de Saúde, na forma de Droga Vegetal, destinadas ao tratamento de inúmeras doenças.

      Para ter acesso aos fitoterápicos  será necessária prescrição médica ou de protocolos pré estabelecidos. Oito médicos já estão capacitados, pelo Ministério da Saúde, em Fitoterapia. Outros profissionais serão agregados ao projeto e capacitados para atuar na Farmácia Viva. As doenças a serem tratadas inicialmente serão as mais prevalentes segundo dados epidemiológicos. Será produzido, por exemplo, o Xarope de Guaco utilizado entre outros, para o tratamento de doenças respiratórias.

     A lista de medicamentos inclui ainda a Espinheira Santa, destinada principalmente para o tratamento de  doenças do aparelho digestivo, Mellisa, e Erva Cidreira, conhecidas para tratamento dos transtornos emocionais, entre outros. - O Projeto Farmácia Viva no município  através da secretaria de Saúde,  faz parte da àrea técnica em   Práticas Integrativas e Complementares no SUS, e vem fortalecer a  Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, que desde  2006 incentiva a implantação desta política nos municípios. "Quem opta por prescrever fitoterapia e almeja de fato o equilíbrio natural da saúde da pessoa assistida, ou de sua família, enxerga as pessoas de maneira mais abrangente, e com isso, a prescrição passa a ser, portanto uma escolha compartilhada, com toda responsabilidade técnica", ressaltou a  coordenadora da Área Técnica de Práticas Integrativas e Complementares da
SMS/VR, Fabiola Martins.


      Outros dois aspectos marcantes da fitoterapia, segundo Fabiola Martins, é o tema da toxidade, onde vários estudos revelam que a tolerância aos fitoterápicos é, em geral, maior, se comparada aos fármacos sintéticos. Ela acrescenta ainda, que este projeto também incentiva a geração de renda, por desenvolver uma agricultura orgânica em plantas medicinais, valorizando o produtor familiar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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