SMPPM participou da Audiência Pública na ALERJ

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Criado em Segunda, 02 Junho 2014 14:43

Última atualização em Segunda, 02 Junho 2014 17:46

Publicado em Segunda, 02 Junho 2014 14:43

       Representante da Secretaria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres do Município de Volta Redonda – RJ esteve presente na ALERJ, para Audiência Pública de apresentação do Relatório anual de Controle de mortes maternas  e Perinatal do Estado do  Rio de Janeiro.

     A iniciativa da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da ALERJé fundamental para que este tema seja mais conhecido. Estiveram presentes na Audiência representantes do Ministério da Saúde, Secretaria de Estado de Saúde, Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, o Movimento Parto do Princípio, alguns Comitês Municipais 

      Pelos dados analisados pelo Comitê, foram 159 óbitos maternos, excluída as mortes por aborto e gravidez tubária. O relatório faz um diagnóstico do número e causas de óbitos maternos do ano de 2012, traçando um paralelo com os anos anteriores.

      De acordo com o relatório apresentado pela médica Luciane Tavares Santiago, atualmente há no estado do Rio apenas 20 Comitês Municipais de Prevenção e Controle do Óbito Materno e Perinatal, de um total de 92 municípios.

     Alguns dados chamam atenção: mulheres negras tem 2x mais chance de morrer durante a gravidez, parto ou puerpério do que mulheres brancas; 54% das mulheres mortas freqüentaram 4 ou mais consultas de pré-natal; somente 13% das mulheres mortas não tiveram acesso ao pré-natal. As principais causas de morte materna, pela ordem: síndrome hipertensiva, hemorragia, infecção e aborto.

     Roberta Calabra, do Movimento Parto Princípio, diz que as mulheres têm pouca informação sobre os riscos de uma cesárea e muitas são induzidas a realizar a cirurgia. Para ela, o parto normal é muito mais seguro e há um elevado número de cesárea. "Cerca de 70% das mulheres inicia o pré-natal querendo fazer o parto normal, mas 54% acabam fazendo a cesárea. Nas clínicas particulares esse percentual chega a 90%. Falta informação para essas mulheres", avalia Calabra. Esse dados são do ano de 2012.