
Samuca Silva vai à ‘Semana da Inclusão’
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- Published on Wednesday, 27 September 2017 17:58

Samuca Silva vai à ‘Semana da Inclusão’
Projeto incentiva empresas a contratarem deficientes
“O preconceito é uma doença e é a mais grave. Os preconceituosos também precisam de muita ajuda”. A afirmativa é da professora aposentada Maria da Graça Machado, de 67 anos, mãe adotiva do estudante Gustavo Machado, de 21, que tem atraso motor. “Ele é um presente de Deus. Foi um sonho. Quando ele completou um ano, Gustavo foi diagnosticado e o meu amor cresceu ainda mais”, contou a senhora, com lágrimas nos olhos, que o adotou com quatro dias de vida.
Ela e cerca de cem pessoas participaram na manhã desta quarta-feira, dia 27, do ‘Setembro da Inclusão’, realizado na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Volta Redonda com o apoio da prefeitura. Além da CDL, Associação Comercial, Industrial e Agro-pastorial (Aciap), e Sicomercio (Sindicato do Comércio Varejista), também estiveram na organização do evento. A proposta foi apresentar, através de palestras, projetos sobre a inclusão de pessoas com deficiência ao mercado de trabalho.
Há 26 anos uma lei federal determina que de 2% a 5% do quadro de funcionários das empresas devem ser destinados à inclusão. O percentual varia de acordo com o número de trabalhadores: até 200 são necessários 2% do quadro de funcionários; até 500 são 3%; até 1.000 o percentual passa a ser de 4% e acima de 1001 são de 5%.
No Estado do Rio de Janeiro, existe uma demanda reprimida de 50 mil de deficientes precisando de emprego, conforme afirmou Luiz Felipe Mansur Assumpção, gerente do Ministério do Trabalho no Sul Fluminense: “O Ministério do Trabalho trabalha na ótica da legalidade. Culturalmente, os próprios familiares querem ocultar numa forma de proteção. Precisamos dessa transformação de cultura através de campanha de conscientização”.
Habilitação aos deficientes físicos
As políticas voltadas para a inclusão já estão sendo realizadas pelo governo municipal. Em parceria com a montadora, um veículo será cedido ao município para a realização de provas e aulas para a emissão da habilitação. “A parceria vai beneficiar não apenas Volta Redonda, mas toda a nossa região. Não é um projeto do prefeito, mas para todos os deficientes físicos. Antes, os deficientes precisavam ir ao Rio de Janeiro para tirar a habilitação. Isso é também uma forma de inclusão no mercado de trabalho”, afirmou o prefeito Samuca Silva.
Maycon Abrantes, vice-prefeito e secretário municipal de Ação Comunitária de Volta Redonda, concordou e completou: “São pessoas mais dedicadas do que muitos outros funcionários. Diversas empresas da cidade estão realizando essa campanha”.
Acessibilidade aos novos projetos do IPPU
Conforme a determinação do prefeito Samuca Silva, o Instituto de Planejamento e Pesquisa Urbana (IPPU) têm agora uma comissão, formada por entidades que atendem os deficientes, para opinar sobre a acessibilidade em todos os projetos arquitetônicos da autarquia.
O escritor e artista plástico Antônio Carlos Rodrigues, 55 anos, cadeirante há 16, que essa é a grande dificuldade do deficiente e comemorou o anúncio:“Isso é problema crônico, não só em Volta Redonda, mas em todo país. Fico muito feliz com atitude do prefeito Samuca Silva”.
Balança aos deficientes
Só para se ter uma ideia, os deficientes físicos de Volta Redonda precisam ir a um lixão ou numa clínica veterinária para se pesar. A prefeitura vai acabar com isso ainda esse ano, conforme garantiu o secretário municipal de Saúde, Alfredo Peixoto. “A cidade receberá o equipamento nos próximos meses. Isso não pode acontecer mais”, garantiu Alfredo Peixoto, secretário municipal de Saúde.
Por André Aquino, com foto Gabriel Borges / Secom VR
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