Monte Castelo, em desenvolvimento, é o bairro ‘da moda’
Bairro surgiu e cresceu de uma área de quatro loteamentos da CSN e particulares nos anos 50
O bairro Monte Castelo, com cerca de 3.755 moradores, surgiu de um loteamento de uma grande área que tinha como donos quatro proprietários: a estatal Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), e os particulares Camilo Pereira Filho, José Pompeu e da Empresa Melhoramentos Municipais. O nome herdou do próprio loteamento, segundo informação do Caderno de Bairros do IPPU (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano) da prefeitura de Volta Redonda. Atualmente, é o ponto de atração para centenas de pessoas, principalmente por seus bares noturnos, restaurantes e pizzarias.
Na sua construção, dividiu-se em duas partes, a parte baixa com as terras cedidas pela CSN para a construção de pequenas casas, com aquecimento de água em serpentina, fogão a lenha, para atender funcionários menos qualificados da empresa. A parte alta era um matagal e por volta dos anos 50, iniciou-se o crescimento do bairro, com barracos feitos com a madeira descartada pela Companhia Siderúrgica, a custo baixo aos empregados. Nos anos 60, construíram-se casas de alvenaria e o transporte a custo zero foi mantido pela estatal beneficiando aos seus operários, facilitando o transporte para a cidade.
Mas o que valorizou o bairro foram as ‘casas boas’ construídas pelo Banco do Brasil e vendidas aos comerciantes, na antiga Rua W, que hoje é a Rua Dom Luiz de Vasconcelos. Oficializado em 1979, com predominância residencial e pouco comércio nas suas principais ruas, ampliou a oferta de prestação de serviços com oficinas automotivas. Quem anda pelo bairro, verá a construção de edifício com apartamentos e moradores aumentando as casas. Os dois núcleos de posse do bairro, Jardim Tancredo Neves e Núcleo Monte Castelo são urbanizados com serviços públicos.
Bairro Valorizado
Segundo um corretor imobiliário, apartamentos de 2 e 3 quartos estão na faixa de R$ 300 mil a R$ 450 mil, mostrando que o bairro é bem valorizado e tem uma boa procura por futuros moradores. “Monte Castelo virou um point, um local de encontro para todas as gerações com bares, restaurantes, academia, pizzaria, lanchonetes. E está em fase de expansão, de crescimento comercial com as pessoas nos procurando cada vez mais”, afirma o gerente Leandro Cesar Reis de Oliveira, de uma tradicional casa de peixes com quase 30 anos de funcionamento.
O prefeito Samuca Silva destaca que na discussão do Orçamento Participativo 2018, “o bairro Monte Castelo e os demais serão beneficiados com as obras aprovadas pela comunidade, que discute e indica as prioridades para a administração municipal, sendo que os moradores têm o poder de acompanhar a execução desses investimentos com transparência”.
O gerente de uma padaria com mais de 10 anos de atividade, Alexandre Souza, 37 anos, comemora os resultados: “O bairro é muito bom, e conquistamos uma clientela fiel e exigente, que gosta de qualidade dos produtos que ofertamos”, disse. A proprietária há um ano de um brechó, Andréia Lee, só tem elogios: “ Eu adoro o bairro Monte Castelo que é perto de tudo, próximo do centro. Não tenho o que reclamar, só agradecer!”.
A estudante de engenharia da UGB (Centro Universitário Geraldo Di Biase), Maria Mariane Rocha, 21 anos, nasceu e mora até hoje no bairro: “Eu gosto muito do Monte Castelo. É lógico que com o crescimento do bairro vamos precisar de horários mais curtos dos ônibus que atendem os moradores para não ficar muito cheio. Mas o bairro é nota 10”, diz ela. A linha de ônibus 100, Monte Castelo-Cajueiro, deixa-a na porta da universidade no bairro Aterrado.
A Associação de Moradores do Monte Castelo colocou os horários da linha 100 (Monte Castelo-Cajueiro) de segunda a sexta-feira, aos sábados, e aos domingos, num ponto de ônibus na via principal para melhor informar os moradores. Os ônibus rodam em média de 20 a 20 minutos, e a medida favorece a fiscalização pelos próprios usuários da linha, que começa a circular as 5h10 da manhã e encerra por volta das 23h10.
O motorista autônomo, Reginaldo Moisés Gomes Silva, 48 anos, é direto. “Eu estou com 48 anos e moro aqui há 47 anos. É um bairro tranquilo, bem localizado, tem todos os serviços públicos, é perto de tudo. Quem mora aqui, investiu bem”, enfatiza.
O coordenador do Centro de Referência e Assistência Social Professor Otoni Cândido, Rondinele Soares de Paula, informou que basta a apresentação do RG (Identidade com foto) e um comprovante de residência para o atendimento: “ O CRAS atende cerca de 2,2 mil famílias e oferecemos aulas de dança, informática, trabalho com material reciclado e inscrições para vários cursos, onde tendo a demanda suficiente, enviamos a listagem para a secretaria de Ação Comunitária que disponibiliza os monitores para os cursos”, explica o coordenador Rondinele. O CRAS funciona de segunda às sextas-feiras e tem uma grande procura dos moradores pelos cursos.
Texto de Afonso Gonçalves com fotos de Evandro Freitas - SecomVR