Prefeitos do Sul Fluminense debatem impactos da greve dos caminhoneiros na região

Publicado em Sexta, 25 Maio 2018 17:56

Prefeitos do Sul Fluminense debatem impactos da greve dos caminhoneiros na região

Encontro serviu para trocar informações e experiências, visando alinhar possíveis medidas a serem tomadas, caso a paralisação continue

 

Prefeitos da Região Sul Fluminense se reuniram na manhã desta sexta-feira, dia 25, no auditório da CDL de Volta Redonda para conversar sobre os impactos nos municípios, provocados pela greve dos caminhoneiros pelo País. Com mais de 1,2 milhões de habitantes, a região já sofre com a falta de alimentos nos comércios e combustível nos postos. Isso afeta serviços como o transporte público que é composto de 1.029 ônibus e atende 15 cidades da região, tendo 13 milhões de passagens vendidas por mês.

 

Serviços essenciais de saúde e educação, além da coleta de lixo, que produz cerca de 900 toneladas por dia na região, também estão sendo prejudicados. O prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva, explicou que os serviços de saúde da cidade estão mantidos até terça-feira, o combustível foi racionado e o recolhimento de lixo está garantido até domingo pela empresa terceirizada. As viagens para fora do estado estão suspensas, sendo mantidas apenas as da saúde para a capital do estado. Samuca ressaltou que o encontro foi essencial para que os municípios troquem as informações necessárias.

 

“Os prefeitos estarem aqui hoje é uma boa oportunidade para a troca de experiência entre as cidades. Pedimos à população que dê uma atenção especial aos serviços públicos, principalmente à coleta de lixo, que ajude a todos nós nesse momento de crise”, afirmou Samuca Silva, lembrando que as aulas da rede pública de Volta Redonda estão suspensas até segunda-feira, afetando mais de 45 mil alunos.

 

No município vizinho de Barra Mansa, a frota de veículos do transporte coletivo foi reduzida e as escolas municipais também seguem com aulas suspensas, afetando cerca de 20 mil estudantes. O prefeito Rodrigo Drable informou que a cidade também está sofrendo em diversos setores com os impactos da greve.

 

“É importante essa reunião para que façamos uma representação pública sobre como está a situação na região. A coleta de lixo em Barra Mansa vai até, no máximo, segunda-feira. Esperamos que a greve acabe e os preços dos combustíveis caiam. Pelo menos para abastecer os veículos que realizam serviços essenciais”, comentou.

 

Em Pinheiral, o prefeito Ednardo Barbosa afirmou que os serviços essenciais já se encontram bem comprometidos. “Tínhamos a preocupação com a greve e sentimos a necessidade de passar para a população quais os reflexos estamos sentindo. Demos prioridade às ambulâncias e à coleta de lixo, que deve parar a partir deste sábado”.

 

Também presentes da reunião, o prefeito de Rio Claro, José Osmar de Almeida, e o vice-prefeito de Piraí, Francisco Perota, destacaram a importância de os municípios debaterem entre si possíveis soluções para garantir os serviços públicos nesse momento de greve.

 

“É um momento de esclarecer à população os dois lados. A nossa educação parou. Os 11 ônibus da prefeitura não estão circulando, porque não tem combustível. A coleta de lixo também foi interrompida”, disse o prefeito de Rio Claro.

 

“Nos reunimos para debatermos uma solução para os problemas gerados em função da greve dos caminhoneiros. A coleta está prejudicada em alguns bairros de nossa cidade. Alguns serviços de saúde só funcionarão até segunda-feira. Outros serviços não essenciais já não estão ocorrendo”, explicou Francisco Perota.

 

Durante a reunião, os prefeitos acordaram aguardar até domingo, quando se está prevista uma nova reunião para definir possíveis medidas a serem tomadas pelos municípios, caso a greve dos caminhoneiros não acabe. Eles ressaltaram ainda que, mesmo que a paralisação dos caminhoneiros seja finalizada, os serviços públicos levarão um tempo para se normalizarem.

 

Por Raphael Martiniano, com fotos de Geraldo Gonçalves. / Secom VR