Volta Redonda tem ação pelo Dia de Prevenção à Hanseníase

Publicado em Sexta, 02 Fevereiro 2018 09:05

Volta Redonda tem ação pelo Dia de Prevenção à Hanseníase

Equipe da Secretaria de Saúde atuou nesta quinta-feira, dia 01, no térreo do Memorial Getúlio Vargas, na Vila, distribuindo material educativo e fazendo teste de sensibilidade

 

A hanseníase tem cura e o tratamento é de graça. Para reforçar essa afirmação, a secretaria de Saúde de Volta Redonda promoveu ação pelo Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, nesta quinta-feira, dia 01, no térreo do Memorial Getúlio Vargas, na Vila Santa Cecília, das 9h às 16h. Uma equipe do CDI (Centro de Doenças Infecciosas) e 12 Agentes Comunitários de Saúde, que atuam na Atenção Básica, distribuíram material educativo, informaram sobre como proceder em caso de perceber sintomas da doença e ainda ofereceram o teste de sensibilidade para identificar possível lesão por hanseníase.

O Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, comemorado no último domingo do mês de janeiro, foi instituído com objetivo de chamar a atenção da sociedade sobre a importância da prevenção e do tratamento adequado da doença. “Em Volta Redonda, o tratamento é oferecido pelo CDI. Atualmente, dez pacientes fazem acompanhamento no local”, disse o secretário de Saúde de Volta Redonda, Alfredo Peixoto. 

 

Conhecida vulgarmente como lepra, a hanseníase ou Mal de Hansen é uma doença infecciosa, contagiosa, que afeta os nervos e a pele e é causada por um bacilo chamado Mycobacterium leprae. A doença tem um passado triste, de discriminação e isolamento de pacientes, devido às deformidades que causava. “Hoje, sabemos que todos os casos de hanseníase têm tratamento e cura”, ressaltou o secretário.

 

“Volta Redonda não poderia ficar de fora desta campanha. A população tem que saber que a hanseníase tem tratamento e é de graça”, afirmou o prefeito Samuca Silva. A ação no dia primeiro tem como objetivo divulgar o tratamento da doença para o maior número de pessoas possível e transformá-las em multiplicadores, “mas o trabalho no CDI, que faz o diagnóstico da hanseníase e oferece o tratamento é realizado o ano inteiro”, lembrou o prefeito.

 

Entre as pessoas que pararam na tenda montada na Vila Santa Cecília estava Denise Maria Machado, moradora do bairro 207. “Venho na Vila para fazer pilates, gosto de cuidar da saúde e é sempre bom receber novas informações. Tenho vitiligo e sei o que é lidar com manchas na pele”, disse. Eliane Marinho, moradora do São João, achou ótima a iniciativa de esclarecer sobre a hanseníase. “É uma doença que ainda gera muitas dúvidas”, acredita. 

 

SINTOMAS DA DOENÇA – Uma ou mais manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com diminuição ou perda da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato; caroço e inchaços pelo corpo, em alguns casos avermelhados e doloridos; engrossamento do nervo que passa no cotovelo, levando à perda de sensibilidade ou a diminuição da força do quinto dedo; áreas com diminuição de pelos e de suor.

 

TRATAMENTO – O tratamento da hanseníase é feito na Rede Pública de Saúde e pode durar de seis a doze meses, se seguido corretamente. Os comprimidos devem ser tomados todos os dias, em casa, e uma vez por mês na unidade de atendimento – em Volta Redonda, no CDI. Também faz parte do tratamento exercícios para prevenir as incapacidades e deformidades físicas.

 

Por Renata Borges, com fotos de Evandro Freitas – Secom/VR