Volta Redonda realiza 16 mil atendimentos de fisioterapia em 2017
Em outubro do ano passado, Cemurf implantou serviço de RPG e no próximo mês começa o método pilates
Com a marca de 16 mil atendimentos, o Centro Municipal de Reabilitação Física Tuffi Rafful (Cemurf), de Volta Redonda, atendeu toda demanda por procedimentos de fisioterapia da rede municipal de saúde em 2017. No ano passado, a equipe de fisioterapeutas do centro fez avaliação em cinco mil pacientes.
Os usuários são encaminhados por médicos especialistas que atuam na Policlínica da Cidadania – ortopedistas, neurologistas, urologistas ou cardiologistas -, ou pelo Hospital São João Batista, para recuperação pós-operatória.
O Cemurf atende aos pacientes com problema agudo, normalmente pós-operatório, e distúrbios crônicos como dores de coluna, desordem das mãos, disfunção orofacial e outros.
No final do ano passado, em outubro, o serviço no Centro de Reabilitação Física foi ampliado com a implantação do serviço de fisioterapia de RPG (Reeducação Postural Global). O método tem comofinalidade corrigir problemas de postura através de técnicas específicas de alongamento do tecido muscular.
De acordo com o secretário de Saúde de Volta Redonda, Alfredo Peixoto, o serviço de fisioterapia tem atenção especial do governo Samuca Silva. “Tivemos total apoio para a implantação do serviço de RPG. O tratamento, a princípio, é oferecido às segundas, quartas e sextas-feiras, por duas fisioterapeutas, mas poderá ser ampliado conforme a necessidade”, afirmou, lembrando que o método é especialmente eficiente em crianças e adolescentes, “pois estão em fase de crescimento”.
Segundo Alfredo, os investimentos do governo não param. “A partir do próximo mês, o Cemurf passa a oferecer atendimento de pilates. Já compramos os equipamentos e temos os profissionais”, disse o secretário de Saúde, explicando que nesse primeiro momento, o método será implantado para atender a demanda interna. “Os usuários do centro que têm indicação para pilates serão encaminhados pelos próprios fisioterapeutas”.
O pedreiro Altair Gonçalves de Souza tem problemas na coluna e há cerca de dois anos faz fisioterapia no Cemurf. Com a implantação do serviço de RPG, está confiante em uma melhora mais significativa. “Estou sem trabalhar, tenho dificuldades em agachar e carregar peso”, disse.
De acordo com a fisioterapeuta, Francine Antoniol Barbosa, da equipe de RPG, o método trabalha a correção postural, as patologias lombares. “Com a postura adequada, há o alivio da dor”, explicou, afirmando que o tempo de tratamento vai depender da resposta do paciente. “Uns são mais disciplinados, fazem os exercícios que indicamos para fazer em casa, outros não”.
Johnata Marques, de 22 anos, vítima de atropelamento; e Hélio de Avelar Pereira, de 86, que colocou prótese no joelho e tem problemas como artrose nos tornozelos são exemplos de pacientes atendidos pelo sistema.
“Fui atropelado por um caminhão, fique sem andar por dez meses, na cadeira de rodas. Comecei o tratamento aqui, sem dobrar o joelho, em julho do ano passado, usando duas muletas. Hoje, já faço 90° com a perna e consigo andar sem as muletas”, disse Johnata.
Seu Hélio lembra que ficou de agosto a novembro do ano passado deitado por conta da cirurgia. “Cheguei para a fisioterapia com andador, passei para as duas muletas e hoje só preciso de uma”, afirmou, dizendo que o tratamento no Cemurf “é nota dez”.
REFORMA – Os atendimentos do Cemurf estão sendo feitos no Acesso Azul do Estádio Raulino de Oliveira, pois a sede original, também no estádio, Rua 552, Jardim Paraíba, passa por reforma de readequação do espaço. A recepção está sendo ampliada e os banheiros adaptados para deficientes serão reformados, além da readequação do ginásio terapêutico e dos consultórios para avaliação. O centro funciona de segunda à sexta-feira, de 7h ao meio-dia e das 13h às 18h.
Por Renata Borges com fotos de Evandro Freitas – Secom/VR